Enquanto redijo as linhas deste artigo processo os acontecimentos das últimas 48 horas, nesta última segunda-feira que antecede o feriado de Carnaval.
Hoje pela manha conheci o senhor Wilson de cerca de 65 anos com a pele surrada de tanta exposição solar hoje pela manhã que me explicou, em poucas palavras, o que poderia ser feito com um pneu usado que ele acabara de comprar de um borracheiro em Brasília. “Meu filho”, disse ele, “com ele posso rodar no carro cerca por quatro a cinco meses. Este aqui custou R$ 80,00, enquanto um novo vale mais de R$ 300,00.”
Lembro por um momento das palavras de meu sábio pai que com seus 74 anos, e parecendo mais novo que o seu Wilson, de que a nossa vida está assegurada em cima de quatro pneus que jamais podem estar desgastados.
Lembro ainda que mesmo em 2025 a realidade retratada por Max Gehringer em meados dos anos 2000 em um de seus comentários sobre renda piramidal, pouco mudou de lá para cá.
Se você é abençoado o suficiente para conseguir remuneração mensal como pessoa física de R$ 2.000,00 (R$ 5.929,26 se corrigido pelo IPCA de 2005 até último Janeiro ou eu diria algo como R$ 3.500,00 em termos gerais) reconhecerá que a melhor opção para pneus de carros sempre será não usá-los após certo nível de desgaste. Seja pela sabedoria que permeia segurança viária para sI mesmo bem como para com os passageiros dentro do veículo e para com os pedestres.
E caso você siga fielmente o modelo estabelecido por Jesus Cristo de dizimar e ofertar priorizando o Reino de Deus e Sua justiça (Mateus 22:21), mesmo que o “César” de nossos dias retenha na fonte, saberá que o poder de compra de nossa moeda no Brasil não é mais o mesmo há tempos.
Mas de pneus a computadores e celulares, passando pela produção de ovos para o mercado nacional e/ou exportação para os Estados Unidos (ou porque você acha que o valor deste produto de necessidade básica e elementar da dieta dos brasileiros disparou de preço nos últimos 45 dias senão pelo fenômeno de “comoditização” que ocorre quando uma matéria prima deixa de ser influenciada apenas por fatores macroeconômicos dentro do território nacional e seu valor passa a ser atrelado diretamente ao dólar, suprindo assim a demanda norte-americana?) e finalmente ajuda social, todos nós vivemos diariamente o dilema de decidir como o fruto de nosso trabalho será o mais positivo possível para nós, nossa familia e comunidade religiosa e nossa comunidade que está sob nossa influência direta e indireta.
No ultimo sábado e domingo conheci pessoas de todos os tipos em Goiânia e realidades socioeconômicas distintas. Nesta cidade que conheci ainda nos anos 1980 pois parte da família mora na cidade, desta vez foi a primeira vez sem a preciosa companhia da família, algo inusitado e estranho, mas muito recompensador quando se trata de semear mais uma Igreja Adventista Internacional. Caso ainda não saiba, temos uma em Brasília desde 2019 e em São Paulo está sendo desenvolvida em nossa Igreja de Moema desde 2023.
Goiânia está sendo bem interessante para plantar uma igreja internacional pois em dois dias o apoio voluntário e engajamento de capital humano, dentro e fora da comunidade adventista na cidade, fora algo incomum e impressionante, mesmo que apenas metade ou menos venha a se concretizar em termos de envolvimento efetivo.
Creio que quando as pessoas são desafiadas a entregar algo a mais, com propósito, determinação e paixão, qualquer meta razoável é superada desde o princípio.
Isto se aplica a plantar Igrejas Adventistas, internacionais ou não, bem como a iniciativas privadas como nossa Associação Brasileira de Empresários e Empreendedores Adventistas e nossa Agência Adventista de Exportação.
É tão contagiante que mesmo quem não faça parte de nosso meio religioso minimamente se interessa em conhecer e acabará por descobrir um mundo repleto de transparência e de resultados.
Entretanto acredito que boa parte de tanto fruto em nosso meio, inclusive o de negócios, também se dê pela brasilidade que nos permeia. O Fernando Francisco é tão conhecedor e sabedor disto que foi o responsável pela iniciativa do Mais Sucesso há alguns anos e foi tão impactante que antes do previsto consegui contatá-lo e seu interesse nato de incluir tecnologia me fez entrar para sempre no meio, mesmo tendo sido aprovado em concurso algum tempo depois.
Sua inquietação empreendedora o levou a colher frutos, alguns com dissabores, mas muitos outros mais saborosos e cheios de sementes que culminam com o que temos hoje com a Associação e a Agência de Exportação.
O elemento cabal financeiro que faltava nestas últimas semanas finalmente foi encontrado com o estreitar de relacionamento com o Everton de Sousa, nosso assessor da XP Investimentos.
Exímio na administração financeira da Obra, seguiu pelo caminho da iniciativa privada e, mesmo tendo o conhecido tardiamente em nossa Igreja Adventista Internacional de Brasília, o tenho com mesmo profundo respeito e consideração profissional com os demais da casa.
A meta de ter um corpo diretivo competente e com foco em resultado foi atingido em sua plenitude, com outros elementos cabais e expertises distintas e necessárias para nosso primeiro nível de maturidade corporativa.
Que venham as próximas, um dia por vez, sem que nos venhamos a esquecer da maior e melhor de todas as metas, de trabalharmos como mordomos de Deus e de Seus recursos, pois se tudo dEle provém, absolutamente tudo dEle é e, portanto, ainda temos nossos projetos sociais e pessoais em nossas famílias, igrejas e os futuros que teremos que tomar decisões importantes que terão impacto direto na vida daqueles que nos seguem, dentro e fora da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Deus seja para sempre louvado por Sua eterna e completa Providência que nunca falhou para que Seu povo supere todas os desafios, desde Jó até Seu glorioso retorno nas nuvens do Céu!

Thiago Francisco Dias
Anti-Money Laundering and Countering the Financing of Terrorism na empresa Caixa Econômica Federal
Senior IT Consultant na empresa Mais Sucesso
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